Explico. A história é bem contada, realista, com todas as vertentes que se espera de um livro sobre uma das maiores bandas de rock de todos os tempos: sexo, drogas e muita música. No entanto, o autor endeusa demaisssssss o guitarrista, deixando de lado o restante da banda, seu modo de pensar e o que 'aqueles outros cara' faziam na Villa Nellcôte!
Mesmo assim, o livro é bom, instigante e não cai no mal gosto de criticar ou instigar o uso das drogas. Mas, que poderia ser menos tendencioso para o lado de Keith, poderia... como não o faz, deixa eu contar um pouco sobre a história.
Robert Greenfield é jornalista e foi durante algum tempo editor da revista Rolling Stones, teve um bom acesso à banda e ficou amigos dos integrantes. No início dos anos 70, por causa de brigas judiciais (e muitas drogas) que são explicadas logo no início do livro, eles são obrigados a fazer uma espécie de exílio para produzir um novo disco, que teria que ser foda em último grau. E mesmo com todos os percalços que são mostrados no livro, eles conseguiram: dessa estadia no sul da França saiu o maravilhoso 'Exile on Main St', um disco de tirar o chapéu, com alguns dos maiores clássicos da banda, como Rocks off, Tumbling dice, Sweet Virginia, Happy e Ventilator Blues.
Ah, e só pra não esquecer, se Keith Richards espirrar, saúde!
Ficha técnica:
Livro: Uma temporada no inferno
com os Rolling Stones
Autor: Robert Greenfield
Editora: Zahar
Páginas: 236
Ano: 2008
Nota/Cotação: 3 de 5
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