domingo, 17 de julho de 2016

Resenha: Amor é prosa, sexo é poesia

Um mundinho interessante, mas particular demais, assim pode ser definido esse livro, já que as multifacetas de Arnaldo Jabor estão todas, ou quase, transmitidas nos 36 relatos de 'Amor é prosa, sexo é poesia', quando o autor fala sobre assuntos diversos, desde a bunda de fulana à política externa de Hugo Chavez. Mas, sempre com a propriedade que lhe é peculiar e que já estamos acostumados a ler (e discordar) nos jornais da vida.

Enquanto exalta com paixão a mulher brasileira e declara-se um contrafeito ao futebol, Arnaldo narra ora com amor, ora com paixão, vários efeitos do cotidiano do Rio de Janeiro, Brasil e até mundo. Com especial destaque para seus anseios familiares, principalmente no que diz respeito ao avô, que, pelo que podemos sentir nos textos, era um homem de inteligência e sagacidade.

No entanto, o panorama dado pelo autor é extremamente pintado por alguns paradigmas e pensamentos próprios da elite, de quem nasceu e cresceu na Zona Sul. Não que isso seja vexatório ou ruim, mas, em alguns momentos esse 'cotidiano' aparece de forma a tornar pejorativas frases e histórias contadas por Jabor. Para mim, tirou muito do brilho da obra, para outros pode ser que agrade. Enfim, deixou-a bastante limítrofe entre o bom e o ruim, na minha opinião.

PS.: A música com a diva Rita Lee é bem melhor!



Ficha técnica:

Livro: Amor é prosa, sexo é poesia

Autor: Arnaldo Jabor
Editora: Objetiva
Ano: 1999
Páginas: 2004
Nota/Cotação: 2,5 de 5

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