terça-feira, 26 de julho de 2016

Resenha: Frankenstein (Mary Shelley)

É praticamente impossível pensar em literatura e não lembrar de 'Frankenstein', desta obra prima de Mary Shelley, que surgiu em um tempo obscuro, quando as mulheres não tinham oportunidade de serem escritoras. E, mesmo assim, a autora conseguiu criar um texto muito interessante e inovador para os padrões da época. Um cientista que quis brincar de ser Deus. Uma mulher que quis ser mais do que um fantoche...

Victor Frankenstein cria um ser a base de pedaços de cadáveres que ele rouba dos cemitérios. Após ver sua 'criação', o cientista não consegue conviver com aquilo que conseguiu dar vida. O monstro, revoltado, começa a fazer atrocidades para obter a atenção de seu 'pai' e para tentar achar algum sentido na vida que recebeu.

O texto é de uma criatividade impressionante e com bom desenvolvimento, porém, a autora peca algumas vezes nas descrições dos locais e personagens, atrasando um pouco a leitura. Mas, nada que atrapalhe este excelente livro, que te faz pensar no quanto somos dependentes das consequências do que fazemos e, principalmente, no quanto a ciência deve pensar antes de 'produzir' algo que não possa ser controlado. Afinal, de incontrolável já basta o homem e sua bestialidade.


PS.: 'Frankenstein' também é conhecido como 'O prometeu moderno' e foi lançado originalmente em  1818.

Ficha técnica:
 
Livro: Frankenstein
Autor: Mary Shelley
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 256
Ano: 2009
Nota/Cotação: 3,5 de 5


Nenhum comentário:

Postar um comentário